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“Se você não gostou é porque você nunca jogou com o Mestre certo.”
Quantas vezes você já não ouviu essa frase? E outras como “um bom Mestre torna qualquer jogo bom” e “Mestre tem o dever de ______”. Você ouviu essa e outras frases à exaustão, inclusive aqui no Escudo do Mestre. Mas quanto de verdade existe nessas afirmativas?
Vitor (@Kapiwara), Guilherme “Xezz” (@Ravvena) e nosso convidado especial Kazz (@Kazzulo) se unem para debater os mitos que envolvem ser Mestre/Narrador e a sua função na mesa de jogo.
Envolvendo a relação com os jogadores, as regras/cenário e a experiência do jogo em si, o que podemos contestar das afirmativas clássicas? Quanto da responsabilidade um jogo cabe à cada uma das partes?
Você que é Mestre, que tal começar à questionar seus dogmas? Você que nunca nque tem vontade mas nunca mestrou, que tal começar à questionar seus receios?
Ouça já!
Links:
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Melhor frase! Mestre não é console!!!! Concordo com o dito, acho que meu ex grupo meio que participava, mas se participassem mais acho que teríamos conseguido ir mais onde no RPG e teríamos um narrador menos cansado e fazendo menos maluquice.
Ainda bem que os livros novos e a comunidade já está mudando de opção e temos até dois livros nacionais que falam como ser um jogador melhor.
Estou muito feliz com mais um episódio!
Algumas coisas que foram ditas acho que vão ajudar melhorar a campanha de RPG que mestro atualmente, sou muito grato!
O Roda da Aventura citado no podcast é o 16:
https://www.youtube.com/watch?v=uF2txiBKTt0&t=2755s
Acho legal terem citado GURPS, é um sistema que eu gosto, mas acho estranho o Xezz dizer que todo mundo gosta desse sistema… Ele mesmo disse que era o sistema que ele menos gostava num post do Tear dos Mundos.
Eu discordo bastante da visão do Xezz sobre a importância do mestre dominar o sistema… Ele parte do princípio que o sistema de RPG não tem falhas e casa completamente com o estilo do jogo que os jogadores querem jogar… Não, nem sempre é assim. As vezes o sistema tem muitas falhas e estimula um estilo de jogo que o grupo não quer jogar.
Alguns dos melhores momentos que já tive com o RPG na VIDA foram contra as regras do sistema, tanto como Mestre como quanto jogador. E como mestre adoro jogadores novatos que não conhecem o sistema.
Eu conheço bem o termo “ilusão da escolha”. Acho que o Vitor não comentou sobre esse tema no Escudo do Mestre. Seria um possível tema para um episódio do podcast.
Eu, quando voltei a mestrar, tinha como meta NUNCA usar o recurso “ilusão da escolha” nos jogos que narraria. Mas acabei usando, várias vezes. Os momentos em mais uso é em teste de percepção. Tanto faz se o personagem for bem sucedido ou não, mas as vezes gosto de pedir o teste pro jogador já saber que tem algo importante acontecendo. Mas busco não usar o recurso “ilusão da escolha”, pelo menos não no planejamento dos jogos.
Basicamente é um consenso entre vocês que o mestre não pode impedir o jogador de fazer o o que quiser com seu personagem. Já acho que quando o jogo tem uma mecânica para o personagem perder o controle sobre si mesmo, acho ótimo quando o jogador não pode fazer o que quiser. Por exemplo… desvantagens de GURPS que exigem teste de força de vontade, humanidade do Vampiro, fúria do Lobisomem… e assim vai… O John Wick definiu RPG como “um jogo em que os jogadores são recompensados por fazerem escolhas que sejam consistentes com as motivações dos personagens e façam a história caminhar”. Sei que o Xezz odeia essa definição. Mas algo de positivo existe nela, pelo menos para quem quer jogar um jogo de RPG mais interpretativo o dilema entre o que o jogador faria e o que o personagem faria é muito importante.
Agora, se um jogador pode matar todo mundo e acabar com a campanha… se for como na citada campanha de Dungeon World do Tear dos Mundos eu acho ótimo. Mas na maioria das vezes que um jogador de RPG quer fazer isso… é só por puro espírito de porco, eu como mestre iria impedir que todos os personagens morressem. Nem que surgisse um monstro do nada e atacasse todo mundo, ou um NPC salvasse todo mundo…
A citação de Monsterhearts é ótima! “O seu jogo pode até ser bom, mas ele nunca vai ser melhor do que a história que todo o grupo conta”.
Sabe que já joguei com mestre que eu acho muito bom, mas que dá pouca liberdade para os jogadores? Ele compensava com excelentes histórias, boas descrições e sendo simpático com os jogadores.
Eu ouvi em outro podcast, um dos participantes disse que jogadores experientes não vão para caminhos que o mestre não tinha preparado, não fazem coisas muito diferentes. Eu primeiro achei um absurdo essa pessoa ter dito isso, depois pensei melhor e vi que é verdade, muitos jogadores experientes fazem exatamente isso: percebem o que o mestre espera que os jogadores façam e fazem exatamente isso. Não que eu ache certo, necessariamente.
Já ouvi mestres usando termos como “meu jogo”, “meus jogadores”, “meus personagens” (para se referir a personagens dos jogadores). Talvez essa visão mudasse um pouco se fosse usado outro termo para o mestre do jogo. Alguns RPGs dão outro nome para o mestre por esse motivo… Tem um RPG que não me lembro qual que chama o mestre de “anfitrião”. Acho que o melhor termo seria “Coordenador”. Mas não é muito dramático.
Continuem com o ótimo trabalho! Sou fã de vocês!
PS:
Gente, por que vocês não fazem mais divulgação do podcast? É muito bom pra ser tão pouco divulgado…
Discussão muito bacana e podcast realmente muito bom, com a qualidade costumeira do escudo do mestre. Vários pontos muito interessantes que valem a pena serem discutidos nas mesas de rpg, visando melhorar a experiencia de jogo do grupo como um todo. Parabéns pessoal, ótimo trabalho.
Nem acreditei quando vi esse episódio no feed. Será que vocês conseguem lançar mais um episódio para fechar 2016 ou só vou ouvi-los de novo ano que vem?
Continuem com o bom trabalho. <3
Ótima discussão! Só sinto em decepcionar porque não é só no Escudo do Mestre que mestre não é Playstation…
Essa frase foi cunhado pelo Mendigo no finado DM’s Dirty Talk e ela continua tão verdadeira quanto na época 🙂
DM’s Dirty Talk bem que podia voltar…
Ah é!!! Eu agora me lembrei de ter ouvido o Mendigo dizer isso?
E ainda é importante preservar a identidade secreta do Mendigo? Porque eu acabei descobrindo quem é…
Excelente assunto! Parabéns!
A parte do contrato social define o RPG em si, já que se o grupo entra em desacordo o jogo não fica divertido. Os argumentos de vocês foram brilhantes quanto a isso.
Quanto a sistema, quanto mais crunch o grupo e o sistema for, vai exigir não só do Mestre mas também dos jogadores (pro Mestre não ser playstation).
O esquema de Mestre Vs Jogadores é pedir pra dar ruim. Afinal, o Mestre pode controlar deuses e mundos, se ele ficar com raiva das duas uma: ou ele acaba com os jogadores ou para de mestrar, que é muito pior…
Faltou só a parte que em muitas vezes o Mestre é anfitrião, juiz e psicólogo do grupo. O grupo é muito dependente de um Mestre, especialmente se ele sempre assume esse papel (em grupos rotativos o papel do Mestre pesa menos).
Era bom ter também um ‘Mitos sobre Sistemas’ (essa série vai ser longa).
O lance do engajamento do jogador depende de muitos fatores externos. Depois de certa idade fica cada vez mais complicado.
Parabéns pelo podcast. aguardo ansioso o próximo
“E se o Mestre tomar o comando do personagem do jogador pra contar uma piada?”
Eu peguei essa referência aí, hein… HUAEHAUHEUAH
Ótimo episódio, não sei como deixei passar batido e só vi agora.